terça-feira, 22 de janeiro de 2013

BOA TARDE...CONTINUAÇÃO DA MINHA HISTÓRIA.....


Espero que possa ajudar alguém com minha
história, alguma adolescente na mesma situação
que eu estive. Sei que existem milhares de adolescentes
que não têm uma boa preparação e que
acabam engravidando cedo. Algumas abandonam
os filhos, outras abortam, eu particularmente abomino
o aborto. Se todas as pessoas tivessem o mesmo
pensamento que o meu, teríamos um mundo
muito melhor.
Muitas vezes, nossos filhos sofrem e são traumatizados
pelas nossas escolhas erradas. Nem sempre
encontramos pessoas boas no nosso caminho.
Quando conheço pessoas que estão passando pelas
mesmas coisas que eu passei, sofro, tento ajudar
de alguma forma, com conselhos e lições de vida,
pois o que eu não aprendi com meus pais, ou não
quis aprender, a vida me ensinou... e a vida não foi
gentil, amável ou carinhosa comigo, ela foi dura,
muito dura, diria até cruel.
Aqui fora, no mundo, longe da família, longe
dos pais, é um lugar onde os filhos choram e as
mães não veem. Eu fui humilhada, usada, explorada,
fui mal compreendida, me revoltei, me tornei
uma alcoólatra, sendo considerada a ovelha negra
da família. Para minha família, que é maioria
evangélica, não aprovavam as minhas atitudes.
Depois de muitos erros e acertos, eu aprendi,
depois de muito sofrimento. Passei necessidades,
vivi de casa em casa sempre de favor aqui, acolá,
mas nunca desisti de lutar.
Muitas garotas que passam pelo que passei, escolhem
o mundo das drogas e prostituição. A vida
parece mais fácil, ganho fácil..., se tem tudo o que
quer sem muito sacrifício. Mas, eu, mesmo sendo
apontada e julgada, escolhi o caminho mais difícil.
O caminho de viver para meus filhos.
Quando eu era muito novinha não tinha noção
do meu futuro, simplesmente vivia um dia após o
outro, como dava.
Um dia, resolvi mudar-me para outro estado.
Meu pai cuidou do meu filho desde o dia em que
nasceu, até mesmo quando eu vivia com o pai deles.
Ele me disse: – “Se você quiser ir, minha filha,
eu não vou te segurar, mas o menino fica! Se quiser,
pode levar a guriazinha, porque ainda mama”.
Peguei minha filha que ainda não tinha um ano,
saí do estado de Mato Grosso do Sul e fui para o
Paraná, na casa da minha irmã. Vivi lá por três
anos, muita coisa aconteceu, algumas vezes pensei
que não iria suportar. Lá, descobri que também
existiam pessoas boas e ruins. Enquanto uma me
ajudava e tentava me dar forças para continuar,
outras dez apontavam e julgavam.





BOA LEITURA BJOS DA NAH.

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